As situações em que se faz necessário um trabalho como esse são diversas, mas você sabe como é feita a avaliação de propriedades rurais?
A venda, cessão de direitos, alienação, transferência, doação e até mesmo o arrendamento de uma fazenda, por exemplo, pode acontecer por uma decisão estratégica do dono do imóvel ou até mesmo devido a um inventário.
Seja qual for a razão, será importante partir de uma base: Uma avaliação imobiliária.
O passo inicial é contratar um engenheiro agrônomo que seja especialista na área de avaliação imobiliária e que conheça bem as normas do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia – IBAPE.
As normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e em especial a NBR-14.653/3 – Avaliação de Bens – Parte 3: Imóveis Rurais, que norteará todo processo.
A finalidade do trabalho – compra, venda, garantia, tributário, dação em pagamento, inventário – também é de suma importância para definir quais os itens mais importantes a serem destacados no trabalho e qual a documentação que o proprietário deverá providenciar.
No caso em que a finalidade for compra ou venda, o importante será determinar o valor mínimo e o máximo de negociação.
No caso de uma garantia o importando será determinar o valor de liquidação forçada da propriedade. No caso de uma revisão no valor do ITR, o objetivo será determinar o valor da terra nua da propriedade.
Para entender como esse trabalho é feito e como um profissional habilitado pode auxiliá-lo, continue conosco nesta leitura.
Para avaliar uma propriedade rural será necessário, no primeiro momento, analisar alguns documentos, dentre os quais destacamos:
Após a análise dos documentos o técnico se deslocará até a propriedade, comparando a propriedade com as informações obtidas pela análise da documentação apresentada, além de constatar as atuais condições do imóvel e suas benfeitorias.
Dentre as características mais relevantes destacamos:
Para que possa entender melhor cada um dos tópicos citados acima, vamos falar em mais detalhes sobre cada um deles.
Visa principalmente analisar as condições gerais do solo e a sua fertilidade. Se é arenoso, argiloso ou misto;
Tipo de topografia, plano, levemente ondulado, ondulado, acidentando;
Existência ou não de erosões e curvas de nível;
Se a correção de solo é feita ou não
Em uma explicação simples, a aptidão visa identificar qual uso atual e qual melhor indicação para exploração da área, como por exemplo:
Tanto o tipo de solo como sua aptidão da propriedade, geralmente andam de mãos dadas. Também se considera, o nível de tecnologia que é utilizada no tipo de produção que é feita.
Por exemplo, há fazendas que ainda utilizam um sistema tradicional para execução do trabalho, enquanto outras, investem em maquinário e infraestrutura tecnológica para agilizar a produção.
Existem ainda aquelas, que na verdade, não tem fins produtivos, mas poderá vir a ter de acordo com a aptidão que mais se enquadrar.
Geralmente, propriedades rurais que não exercem nenhuma atividade agrícola, tendencialmente terão taxas e impostos mais altos. Isso é um ponto de observação importante.
Os recursos naturais, assim como outros atributos, agregam valor ao imóvel pois servem de diferencial em eventuais negociações, podendo ser utilizados desde que de forma racional e atendendo a legislação vigente.
Dentre os recursos naturais mais relevantes, destacamos: a existência de rios, córregos e regos d’água; florestas nativas; pastagens naturais e reservas minerais.
Nas propriedades rurais existem benfeitorias produtivas e não produtivas. São considerada benfeitorias não produtivas as edificações e instalações, como:
Quando a avaliação é feita com a finalidade de garantia, a maioria dos bancos só aceita considerar essas construções se elas estiverem averbadas na matricula do imóvel.
No caso das cercas internas elas podem ajudar no caso de áreas de pastagem e prejudicar no valor da propriedade no caso de agricultura
São considerado benfeitorias produtivas as produções vegetais, como:
No mesmo caso acima, de uma garantia para banco as culturas produtivas não são consideras a parte, nesse caso é considerado somente o valor da terra nua, pois essas culturas podem ser retiradas no caso de a propriedade ser executada pelo banco
Após mensurar todos os dados citados acima, principalmente as benfeitorias, registrando-as com fotos e realizando a medição da área que elas ocupam, o avaliador parte para outra etapa.
Na fase seguinte, é preciso levantar informações sobre outros imóveis semelhantes na região, que sejam semelhantes ou assemelhados com o imóvel avaliando.
E com isso se faz a apuração das propriedades rurais que estejam sendo ofertadas ou que tenham sido vendidas recentemente.
Nos cálculos, o profissional deve, preferencialmente, fazer uso do Método Comparativo de Dados de Mercado, baseado nas informações no mercado imobiliário e características específicas do imóvel avaliando e das pesquisas realizadas, com a aplicação de fatores como: fonte; nota agronômica; distância do centro consumidor; área; tipo de estrada de acesso; benfeitorias; etc.
Agora que você conhece como funciona todo o processo, acredito que não seja preciso dizer o quanto uma avaliação imobiliária é importante e necessária para as negociações de um imóvel.
No caso de uma venda é importante que o vendedor tenha noção do menor valor que ele poderia negociar a propriedade. No caso de uma garantia, a instituição bancária deve ter
As situações em que se aplicam a necessidade de se ter um laudo de avaliação em mãos se diferem, mas é um grande diferencial ter esse documento em mãos.
Os principais usos são: Intenções de compra ou venda de uma propriedade; garantia bancária; inventário; divisão de bens; tributário; arrendamento; desapropriação.
Então, se você precisa de um profissional que o ajude com essa temática, não hesite em manter contato.
Daniel Aleixo
Eng. Agrônomo
Membro Titular do IBAPE/MS – CREA/MS 12.577/D
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